Golfinhos tem capacidade sobrenatural? Novo sentido descoberto

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Um novo estudo pioneiro sobre a sensibilidade dos golfinhos-nariz-de-garrafa aos campos elétricos revelou descobertas fascinantes que ampliam nossa compreensão sobre esses cetáceos incrivelmente adaptados.

Conduzido por uma equipe liderada pelo Dr. Tim Hüttner, da renomada Universidade de Rostock, o experimento concentrou-se em duas fêmeas de golfinhos, Dolly e Donna, residentes no Zoológico de Nuremberg.

Os golfinhos de uma espécie específica são capazes de demonstra rum sentido sensorial bem diferente dos demais animais da Terra.
Os golfinhos de uma espécie específica são capazes de demonstra rum sentido sensorial bem diferente dos demais animais da Terra.

Resultado impressionante do estudo sobre os golfinhos

Os resultados desse estudo, publicado recentemente no Journal of Experimental Biology, destacam a notável habilidade dos golfinhos em detectar campos elétricos de corrente contínua (CC) extremamente fracos, surpreendendo os pesquisadores ao alcançar a notável marca de 2,4 microvolts por centímetro. Essa sensibilidade supera até mesmo as capacidades medidas no ornitorrinco, até então considerado o mamífero mais eletrossensível.

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Os golfinhos-nariz-de-garrafa, conhecidos por suas técnicas inovadoras de caça e habilidades de ecolocalização, possuem pequenas covas ricas em terminações nervosas na face, denominadas criptas vibrissais. Estas, segundo estudos anteriores, desempenham um papel crucial na detecção de campos elétricos fracos.

O que este estudo adiciona é a precisão notável desses cetáceos em identificar campos elétricos tão sutis, destacando a importância potencial da electrorreceptividade em sua sobrevivência, uma faceta que não era totalmente compreendida anteriormente.

Método

Durante o experimento, os golfinhos foram treinados para detectar campos elétricos fracos, utilizando recompensas de peixes como incentivo. Ambos, Dolly e Donna, demonstraram uma taxa de sucesso extraordinária, atingindo 96 por cento na força inicial do campo.

Mesmo quando as intensidades foram reduzidas, os golfinhos mantiveram um desempenho notável, superando as expectativas e evidenciando a relevância dessa habilidade em seu repertório sensorial.

É fascinante observar que, embora menos proficientes na detecção de campos de corrente alternada (CA), os golfinhos-nariz-de-garrafa continuam a surpreender, revelando necessidades específicas de intensidade e frequência para essa modalidade de campo elétrico.

Os campos bioelétricos fracos, gerados por organismos aquáticos, desempenham um papel vital nesse processo, proporcionando informações valiosas para animais eletrorreceptores.

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O estudo destaca a evolução única da eletrorrecepção em diferentes ramos da árvore genealógica animal, sendo particularmente notável em mamíferos como ornitorrincos, equidnas e agora, com evidências mais claras, em golfinhos-nariz-de-garrafa. A eletrorrecepção não apenas demonstra ser uma ferramenta de caça eficaz, mas também sugere possíveis implicações na orientação em relação ao campo magnético da Terra.

Em conclusão, este estudo inovador não apenas oferece insights cruciais sobre as habilidades eletrossensíveis dos golfinhos-nariz-de-garrafa, mas também destaca a complexidade de seus sentidos, integrando habilmente ecolocalização, visão, audição, paladar, olfato e detecção de campos elétricos. Os resultados expandem significativamente nosso conhecimento sobre esses magníficos cetáceos e sua capacidade de explorar e compreender o ambiente aquático que habitam.

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