Aumento nos ataques de tubarão: Brasil está no top 5

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No decorrer de 2023, praias ao redor do mundo testemunharam um recorde notável de ataques e, infelizmente, de mortes decorrentes de mordidas de tubarão. Um extenso levantamento conduzido pela renomada Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, revela números preocupantes: 69 ataques não provocados, caracterizados por interações que ocorrem sem envolvimento humano no habitat natural dos tubarões, foram devidamente registrados. Adicionalmente, ocorreram 10 mortes em consequência desses ataques predatórios.

Esses números assinalam um aumento considerável em comparação com os dados de 2022, quando foram documentados 62 ataques não provocados de tubarões e cinco mortes. O surpreendente número de 10 vítimas fatais representa o mais elevado em 12 anos, segundo o Arquivo Internacional de Ataques de Tubarões.

Ataques de tubarão acontecem no Brasil com bastante frequência. Confira a posição do país no rank global neste assunto.
Ataques de tubarão acontecem no Brasil com bastante frequência. Confira a posição do país no rank global neste assunto.

Os Estados Unidos destacam-se como líderes no ranking global de ataques não provocados de tubarões, totalizando 36 incidentes registrados, ultrapassando pela metade o número total global. Na segunda posição, encontra-se a Austrália, com 15 casos. A Nova Caledônia, território ultramarino francês, e o Brasil compartilham a terceira posição, cada um com três casos registrados.

É crucial notar que o termo ‘provocar’ um tubarão refere-se à aproximação intencional ou nadar em áreas onde iscas são utilizadas para atrair peixes, sendo que esses incidentes não foram considerados na pesquisa.

Quatro das mortes ocorreram no litoral da Austrália, duas nos Estados Unidos, e uma em locais distintos como Egito, Bahamas, México e Nova Caledônia. Gavin Naylor, especialista no assunto, destaca que, apesar do aumento em relação a 2022, esse incremento nos números não implica necessariamente em um comportamento mais agressivo por parte dos tubarões.

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No contexto australiano, três das mortes foram registradas na remota Península de Eyre, na costa Sul do país. Tubarões foram atraídos para a região devido a uma população em recuperação de focas, tornando-se também um ponto atrativo para surfistas. Naylor destaca a dificuldade de acesso à região, o que complica a prestação de socorro às vítimas.

Análise dos ataques no Brasil e considerações sobre a preservação dos tubarões

O Brasil figura em quarto lugar no ranking global de ataques de tubarões, registrando três ocorrências notáveis. Esses incidentes concentraram-se em um período de 20 dias na região de Grande Recife, Pernambuco, entre fevereiro e março de 2023.

Um dos casos envolveu o estudante Claudemir Gleybson Ferreira Herculano, de 14 anos à época, mordido por um tubarão enquanto nadava na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, em 5 de março. Após o ataque, a vítima passou por uma cirurgia e teve a perna direita amputada devido à gravidade das lesões.

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